Despedida a Francisco
- esperancarpoa
- 21 de abr.
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Por Zé Clovis Azevedo
Eu, Zé Clovis, sou um caipira sempre inquieto e rebelde. Nunca me conformei com as injustiças. Minha geração lutou e esperançou por um mundo melhor, com pessoas melhores e ordem política e social justas.

Amanheceres de Luta
Nestas lutas, nestes amanheceres com o sol prometendo o calor da liberdade e da justiça, tivemos grandes pessoas que iluminaram nossos caminhos.
Mas parece que foram tão grandes que não deixaram vingar herdeiros. Ou estavam muito acima de um simples mortal.
O Legado que se Apaga
O mundo empobreceu, definhou materialmente e espiritualmente com o desaparecimento de:
Fidel
Tchê
Mandela
E agora minha geração perde o último baluarte mundial capaz de empolgar o feixe das ideias progressistas e humanizadoras.
Solidão e Desumanização
Fico triste com a perda de Francisco. Sinto-me mais isolado, mais só; sinto com mais força a avalanche da desumanização, da legitimação da injustiça, da opressão e do empobrecimento dos valores de proteção ao ser humano, frente aos ditames ideológicos que empolgam a reprodução do capital às custas da miséria humana e da destruição do planeta.
Uma Última Lamentação
Que lástima, companheiro Francisco. Tu precisavas viver mais um século.Parece que sobra muito pouco dos sonhos da minha geração.
Fidel, Ernesto, Mandela, Francisco. Vocês foram embora antes do combinado.
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